Comunicação interna: antídoto para o caos

Quando a saúde financeira de uma empresa não vai muito bem e os custos começam a ser enxugados, uma das primeiras áreas a receber cortes é a comunicação interna. Às vezes, os cortes são tão profundos e radicais que afetam a sua estrutura, e a área começa a ruir, passando por um processo de desconstituição. Um erro brutal nos tempos atuais é pensar a comunicação interna como algo supérfluo em uma corporação.

Muitas vezes, dirigentes de grandes organizações veem a comunicação como algo oneroso e dispendioso. Talvez isso aconteça porque provavelmente ela nunca trouxe resultados que pudessem ser oriundos de um planejamento estratégico estruturado, compartilhado com a visão da empresa e respaldado pela alta direção. Quem de fato pensa como corporação sabe que a comunicação interna é imprescindível nas companhias, seja em momentos de crescimento, de estabilidade e também de crise, financeira ou não.

A comunicação interna é a engrenagem que leva informação e conhecimento aos colaboradores e, se utilizada corretamente, sustenta positivamente a imagem da empresa. Se a comunicação para, aceleram-se confrontos e desencontros, aumentam os ruídos, o caos se estabelece.

Cortar gastos não significa destruir a área de comunicação, mas fazê-la pensar em alternativas que resultem em eficiência e custos baixos. Aliás, esse exercício deve ser praticado por todas as áreas e unidades da companhia e, para isso, é preciso que se unam para estudar formas diferenciadas e criativas de comunicar sem impactar no orçamento.
A comunicação deve ser meta e responsabilidade de todos. Agir individualmente em momentos de crise financeira é deixar a comunicação à deriva e seu público interno à beira do abismo.

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